Começo imaginando como a nossa vida está tão acelerada que não se tem tempo para mais nada, a não ser trabalhar e consumir. A pessoa hoje vive apressada, não tem interesse pela boa leitura, assistir a uma peça teatral, apreciar uma obra de arte, um prédio histórico, uma vegetação atraente, contornos geográficos na natureza, enfim, nem se aproxima de alguma fonte que possa se libertar. É o que aconteceu neste domingo dia 16/09/12 ao visitarmos a 31ª. EXPOFLORA de Holambra, que vem sendo realizada desde de 1981 por ser uma grande área onde imigrantes holandeses se estabeleceram com plantação de plantas ornamentais. Foram tantos os efeitos do empreendimento que Holambra é considerada um "shopping das flores". Esse galpão se apresenta já na entrada da feira, dentre vários distribuídos ao longo do recinto da exposição para despertar curiosidades aos seus visitantes, em especial, flores, paisagismo, jardinagem, culinária etc. Verificamos em síntese, a apresentação da fanfarra Holambra, composta por jovens, com uniformes típicos e tamancos coloridos, seu repertório musical , cujos ritmos nos faz lembrar o chote gaucho. Neste mesmo galpão, houve a seguir, a apresentação do grupo de moças e rapazes de danças flamencas, tipicamente trajadas e músicas cantadas, sem contar a bandinha que percorria o público, tocando musicas conhecidas. Referenciamos, a existência numa área reservada da cobertura vegetal formada, onde as pessoas andavam por debaixo e acalmados pela sombra e ali permaneciam sentados nos bancos expostos, enquanto liam cartazes com mensagens para reflexão e deixavam por escrito, se quisessem seus pedidos ou desejos.
Praça de alimentação não faltaram no mega evento, por todos os lugares e para todos os tipos de usuários, apetites e cardápios. O público presente foi incomensurável , tanto que o espaço ficou exíguo para o fluxo de pessoas e ônibus excursionistas. Um pormenor, quando percorri a festa, deparei-me com quatro visitantes de meia idade de holandeses visitantes, reconheço que foi difícil decifrar o que falavam. Realço a existência do museu instalado há anos em memória e cultura dos primeiros imigrantes holandeses da região. Já no aspecto arbóreo percebi que o local tem foco no equilibro ecológico preenchendo os espaços com espécies botânicas, uma delas notei ornamentada com tamancos pintados em vermelho e amarelo, cores oficiais da Holanda, pendurados nos galhos.
Encerrando, a apoteose final foi para a "chuva de pétalas de rosas" já tradicional, quando helicópteros sobrevoaram a exposição despejando sobre o público presente, e segundo a tradição, quem alcançasse uma pétala no ar e fizesse um pedido para si, seria atendido, muitos assim o fizeram enquanto outros nem tomaram conhecimento.
Holambra se tornou conhecida por esse tom alegre e festivo, tudo está relacionado ao amor em cores e flores.
Texto de: ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA
Licenciado em ciências c/ hab. em Biologia-UNIMEP
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