São Paulo, 29 de outubro de 2012.
Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a
todos. Quero saudar o deputado Itamar Borges, representando o presidente da
Assembleia Legislativa do Estado; deputados federais que nos alegram aqui com a
presença, o Arnaldo Jardim e o Arnaldo Faria de Sá; Secretário de Gestão
Pública, deputado Davi Zaia; deputados estaduais, Major Olímpio e o Carlos
Giannazi; Doutor Latif Abrão Junior, superintendente do IAMSP; Silvio Micelli,
presidente estadual da comissão consultiva mista do IAMSP, aliás, quero
agradecer o livro sobre os 60 anos do IAMSP já estava passando os olhos, muito
interessante o trabalho da história do IAMSP; o Roberto Dantas Queiroz, diretor
geral aqui do hospital do servidor público estadual; o Otelo Chino Junior,
Presidente da Associação do IAMSP; o provedor do nosso Hospital de Rancharia,
Nelson Correia; da Santa Casa de São Bento, Luís Fernando Ferreira; e da Santa
Casa de São Joaquim da Barra, Sidnei Marcheletto. Servidores aqui homenageados,
que continuam aqui no nosso hospital, no IAMSP, o João Volfeto, junto do Doutor
João Ferreira de Melo e Aparecida Helena Vicentino, em nome de quem quero
saudar aqui todos os funcionários, funcionárias; o coral Mestras Cantoras do
Centro do Professorado Paulista, muito obrigado pela presença. O tangente
Renato Teixeira Lopes, saudar todos os colegas da área de saúde, área
administrativa, representante e associações de sindicatos dos servidores,
amigas e amigos.
É uma bela história, 60 anos de
serviço prestado aos servidores aqui de São Paulo. E o encontro que nós estamos
tendo aqui, eu disse ao Silvio, que o resultado do encontro que depois vou
recebê-lo, me encaminhe todas as propostas aqui desses dois dias de trabalho da
comissão consultiva mista. Eu fiz anestesia aqui no hospital em 1978 e 79, é um
dos grandes hospitais do Brasil, tem praticamente quase mil leitos o hospital
do servidor, centro de ensino tem 300 residentes, residência médica, algumas
das mais famosas como a neurocirurgia e tantas outras. Um dos grandes
hospitais, hospital de retaguarda e ao mesmo tempo o IAMSP cresceu também no
interior. E hoje nós estamos dando mais um passo, com três hospitais que já
assinam o contrato aqui hoje, São Joaquim da Barra, São Bento do Sapucaí e
Rancharia e o lançamento do edital para mais quatro hospitais, R$ 21,6 milhões
contrato no prazo de 30 meses; mais quatro policlínicas, R$ 5,4 milhões e oito
clínicas de fisioterapia, mas perto de R$ 1 bilhão, totalizando quase R$ 31
milhões. Ou seja, de um lado expandindo o serviços em todo estado com hospitais
que já assinaram contratos e outros hospitais com edital que está sendo lançado
hoje, hospitais, policlínicas e áreas de fisioterapia.
Depois queria destacar também este
hospital do Servidor. Nós inauguramos aqui a nova parte de cozinha, foram
investidos R$ 5,8 milhões. Às vezes a gente de longe não avalia bem o que é um
hospital. Isso aqui é uma cidade, tem mais de quatro mil funcionários, mais do
que tem um município no Estado de São Paulo, Corá, tem 800 habitantes, aqui
trabalham quatro mil pessoas e o IAMSP mais de cinco mil pessoas. Você imagina
o número de refeições, a infraestrutura para todo esse trabalho e as dietas, a
especificidade do trabalho das nutricionistas, de todo o pessoal da área de
gastronomia. E estamos autorizando para o ano que vem, já está no orçamento que
foi para a Assembleia Legislativa, R$ 40 milhões para o hospital. Então,
acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida e deficiência e
pronto-socorro, recuperar o pronto-socorro. Aí vão verificando, nós queremos um
prazo de três anos recuperar integralmente o hospital.
Aliás, eu estive aqui há uns oito
anos e esse anfiteatro, levei até um susto quando cheguei ali na porta, era só
cadeira velha, mesa velha e tal, tudo entupido aqui que não era utilizado há
muitos anos e aí foi totalmente recuperado. Nós queremos deixar o hospital do
Servidor, que é um hospital inaugurado em 1961, portanto mais de meio século, o
mais moderno em ponto de vista de recuperação física e todos seus equipamentos
da área tecnológica. De outro lado, um hospital Amigo do Idoso, acho que nós poderemos
ser um dos primeiros certificados na América Latina.
O Brasil mudou. Dizia-se no passado
que o Brasil era um país jovem, hoje o Brasil é um país maduro, encaminha para
rapidamente ser um país idoso. No ano 2000 no Estado de São Paulo, a
expectativa de vida média era de 71 anos de idade. Hoje, dez anos depois, dez
anos é um tempo curto, uma década, é mais de 75, média, isso expectativa
média ao nascer, 75. Como morre muito jovem, não de doença, mas de causa externa, os finais de
semana, motocicleta, carro, tiro, violência, droga, então quem passa dos 30, essa expectativa de vida é muito
mais alta, muito mais alta, a média é 75, sendo que no caso das mulheres, quase
79, e nós homens 71. Vê que é uma injustiça não é? Quase oito anos, sete anos
de diferença.
Eu fui um dia desses na Vila
Prudente, lá no clube da terceira idade, umas 200 pessoas, média de idade ali
uns 83, 84, só mulheres, os homens já tinham morrido todos, e o clube chamava
"As Sapecas". É um outro mundo, essa é a tendência mundial, as
pessoas vivem mais, e viverem melhor. O Instituto está fazendo 60 anos,
antigamente uma pessoa de 60 anos, alguns ainda acham que é idoso, mas hoje não
é mais. Aliás, eu participei uma vez de um congresso de Gerontologia e a
primeira definição era quem é idoso, alguém falou 60? 65? Aí um professor
respondeu: "Idoso é aquele que tem pelo menos 10 anos a mais do que
nós". Se tiver 40 quem tem mais que 50 é idoso, quando chegar nos 50, é
quem tiver mais 60, quando tiver nos 60 é quem tem mais de 70, vai sempre,
chegando nos 70 vai nos 80, vai sempre empurrando.
Enfim, é um outro mundo e nós temos
que nos preparar para esse outro mundo, sob o ponto de vista de políticas
públicas para a terceira idade. Saúde, garantir assistência com qualidade para
a população, do outro lado lazer, está aqui o Arnaldo Faria de Sá, os novos
editais nossos do DER e da Artesp vão prever para viagem intermunicipal dois
assentos gratuitos para os idosos. Então, lazer, melhor idade ativa, ou seja,
ginástica, nós vamos fazer convenio com as academias, quem ganhar até três
salários, nós vamos dar uma carteirinha, vai começar o projeto piloto, para a
pessoa mexer o corpo. A Organização Mundial de Saúde diz que o cigarro mata por
ano 3,4 milhões de pessoas, a vida sedentária mata 3,8 milhões, é mais que o
cigarro, é preciso mexer o corpo, não pode ter vida sedentária, é melhor idade
ativa, enfim, um conjunto de propostas.
E eu também queria dizer o seguinte,
o doutor David Zaia, nosso secretário, tem uma semana, Secretária da Fazenda é
chata, ela é toda cheia de exigências, mas em uma semana vai resolver a questão
do critério para o pagamento de bônus, até 2,4 salários. Então nós pretendemos
pagar ainda em novembro o bônus, para todo mundo. Nós vamos pagar o bônus, 2,4
e ele vai, o Silvio, fruto desses dois dias aqui da câmara, ele vai levar as conclusões
de vocês e nós vamos recebê-los lá no comecinho da semana que vem.
Aliás, o David vai incluir também na
questão da bonificação, também vai incluir, não é o IAMSP, o DPME que é um
departamento de pericias, todos os funcionários de pericias médicas também vão
ser incluídos na bonificação. E também mandamos para a Assembleia Legislativa o
projeto de lei instituindo a carreira do médico, que não existia carreira, para
só aqui o IAMSP é um dos mais beneficiados. Só aqui são 1100 profissionais de
saúde, e o David Zaia, o Latif, e o Silvio que representam o trabalho como
donos do encontro vão levar o conjunto aqui das propostas de vocês.
Mas quero reiterar a minha alegria de
voltar ao hospital. Eu passei aqui Natal, Réveillon, Carnaval, tudo aqui dentro
do centro cirúrgico, porque eu fazia 48 horas na anestesia. Sexta e sábado,
entrava sexta-feira às 07h da manhã e saia no domingo às 07h. Dois anos. Sem
faltar um dia e sem receber um centavo porque eu não podia fazer residência
médica pois a residência era todo dia e eu não tinha como, era prefeito da
cidade. Então eu emendei tudo em 48 horas para poder ter o título de
especialista.
Aqui aprendi a fazer várias coisas, encubação cardiorrespiratório; um
grande hospital, hospital de retaguarda importantíssimo e não há hospital sem
recursos humanos bem capacitados, permanentemente em treinamento, valorizados,
com carreira. Então nós iniciamos já o primeiro projeto de lei para a carreira
do médico, vamos acertar essa semana a questão da bonificação e receber as propostas
de vocês, fruto desses dois dias, aqui de encontro. Muito obrigado.