sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Alckmin anuncia ampliação do sistema de saúde do servidor público


São Paulo, 29 de outubro de 2012.
Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todos. Quero saudar o deputado Itamar Borges, representando o presidente da Assembleia Legislativa do Estado; deputados federais que nos alegram aqui com a presença, o Arnaldo Jardim e o Arnaldo Faria de Sá; Secretário de Gestão Pública, deputado Davi Zaia; deputados estaduais, Major Olímpio e o Carlos Giannazi; Doutor Latif Abrão Junior, superintendente do IAMSP; Silvio Micelli, presidente estadual da comissão consultiva mista do IAMSP, aliás, quero agradecer o livro sobre os 60 anos do IAMSP já estava passando os olhos, muito interessante o trabalho da história do IAMSP; o Roberto Dantas Queiroz, diretor geral aqui do hospital do servidor público estadual; o Otelo Chino Junior, Presidente da Associação do IAMSP; o provedor do nosso Hospital de Rancharia, Nelson Correia; da Santa Casa de São Bento, Luís Fernando Ferreira; e da Santa Casa de São Joaquim da Barra, Sidnei Marcheletto. Servidores aqui homenageados, que continuam aqui no nosso hospital, no IAMSP, o João Volfeto, junto do Doutor João Ferreira de Melo e Aparecida Helena Vicentino, em nome de quem quero saudar aqui todos os funcionários, funcionárias; o coral Mestras Cantoras do Centro do Professorado Paulista, muito obrigado pela presença. O tangente Renato Teixeira Lopes, saudar todos os colegas da área de saúde, área administrativa, representante e associações de sindicatos dos servidores, amigas e amigos.
É uma bela história, 60 anos de serviço prestado aos servidores aqui de São Paulo. E o encontro que nós estamos tendo aqui, eu disse ao Silvio, que o resultado do encontro que depois vou recebê-lo, me encaminhe todas as propostas aqui desses dois dias de trabalho da comissão consultiva mista. Eu fiz anestesia aqui no hospital em 1978 e 79, é um dos grandes hospitais do Brasil, tem praticamente quase mil leitos o hospital do servidor, centro de ensino tem 300 residentes, residência médica, algumas das mais famosas como a neurocirurgia e tantas outras. Um dos grandes hospitais, hospital de retaguarda e ao mesmo tempo o IAMSP cresceu também no interior. E hoje nós estamos dando mais um passo, com três hospitais que já assinam o contrato aqui hoje, São Joaquim da Barra, São Bento do Sapucaí e Rancharia e o lançamento do edital para mais quatro hospitais, R$ 21,6 milhões contrato no prazo de 30 meses; mais quatro policlínicas, R$ 5,4 milhões e oito clínicas de fisioterapia, mas perto de R$ 1 bilhão, totalizando quase R$ 31 milhões. Ou seja, de um lado expandindo o serviços em todo estado com hospitais que já assinaram contratos e outros hospitais com edital que está sendo lançado hoje, hospitais, policlínicas e áreas de fisioterapia.
Depois queria destacar também este hospital do Servidor. Nós inauguramos aqui a nova parte de cozinha, foram investidos R$ 5,8 milhões. Às vezes a gente de longe não avalia bem o que é um hospital. Isso aqui é uma cidade, tem mais de quatro mil funcionários, mais do que tem um município no Estado de São Paulo, Corá, tem 800 habitantes, aqui trabalham quatro mil pessoas e o IAMSP mais de cinco mil pessoas. Você imagina o número de refeições, a infraestrutura para todo esse trabalho e as dietas, a especificidade do trabalho das nutricionistas, de todo o pessoal da área de gastronomia. E estamos autorizando para o ano que vem, já está no orçamento que foi para a Assembleia Legislativa, R$ 40 milhões para o hospital. Então, acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida e deficiência e pronto-socorro, recuperar o pronto-socorro. Aí vão verificando, nós queremos um prazo de três anos recuperar integralmente o hospital.
Aliás, eu estive aqui há uns oito anos e esse anfiteatro, levei até um susto quando cheguei ali na porta, era só cadeira velha, mesa velha e tal, tudo entupido aqui que não era utilizado há muitos anos e aí foi totalmente recuperado. Nós queremos deixar o hospital do Servidor, que é um hospital inaugurado em 1961, portanto mais de meio século, o mais moderno em ponto de vista de recuperação física e todos seus equipamentos da área tecnológica. De outro lado, um hospital Amigo do Idoso, acho que nós poderemos ser um dos primeiros certificados na América Latina.
O Brasil mudou. Dizia-se no passado que o Brasil era um país jovem, hoje o Brasil é um país maduro, encaminha para rapidamente ser um país idoso. No ano 2000 no Estado de São Paulo, a expectativa de vida média era de 71 anos de idade. Hoje, dez anos depois, dez anos é um tempo curto, uma década, é mais de 75, média, isso expectativa média ao nascer, 75. Como morre muito jovem, não de doença, mas de causa externa, os finais de semana, motocicleta, carro, tiro, violência, droga, então quem passa dos 30, essa expectativa de vida é muito mais alta, muito mais alta, a média é 75, sendo que no caso das mulheres, quase 79, e nós homens 71. Vê que é uma injustiça não é? Quase oito anos, sete anos de diferença.
Eu fui um dia desses na Vila Prudente, lá no clube da terceira idade, umas 200 pessoas, média de idade ali uns 83, 84, só mulheres, os homens já tinham morrido todos, e o clube chamava "As Sapecas". É um outro mundo, essa é a tendência mundial, as pessoas vivem mais, e viverem melhor. O Instituto está fazendo 60 anos, antigamente uma pessoa de 60 anos, alguns ainda acham que é idoso, mas hoje não é mais. Aliás, eu participei uma vez de um congresso de Gerontologia e a primeira definição era quem é idoso, alguém falou 60? 65? Aí um professor respondeu: "Idoso é aquele que tem pelo menos 10 anos a mais do que nós". Se tiver 40 quem tem mais que 50 é idoso, quando chegar nos 50, é quem tiver mais 60, quando tiver nos 60 é quem tem mais de 70, vai sempre, chegando nos 70 vai nos 80, vai sempre empurrando.
Enfim, é um outro mundo e nós temos que nos preparar para esse outro mundo, sob o ponto de vista de políticas públicas para a terceira idade. Saúde, garantir assistência com qualidade para a população, do outro lado lazer, está aqui o Arnaldo Faria de Sá, os novos editais nossos do DER e da Artesp vão prever para viagem intermunicipal dois assentos gratuitos para os idosos. Então, lazer, melhor idade ativa, ou seja, ginástica, nós vamos fazer convenio com as academias, quem ganhar até três salários, nós vamos dar uma carteirinha, vai começar o projeto piloto, para a pessoa mexer o corpo. A Organização Mundial de Saúde diz que o cigarro mata por ano 3,4 milhões de pessoas, a vida sedentária mata 3,8 milhões, é mais que o cigarro, é preciso mexer o corpo, não pode ter vida sedentária, é melhor idade ativa, enfim, um conjunto de propostas.
E eu também queria dizer o seguinte, o doutor David Zaia, nosso secretário, tem uma semana, Secretária da Fazenda é chata, ela é toda cheia de exigências, mas em uma semana vai resolver a questão do critério para o pagamento de bônus, até 2,4 salários. Então nós pretendemos pagar ainda em novembro o bônus, para todo mundo. Nós vamos pagar o bônus, 2,4 e ele vai, o Silvio, fruto desses dois dias aqui da câmara, ele vai levar as conclusões de vocês e nós vamos recebê-los lá no comecinho da semana que vem.
Aliás, o David vai incluir também na questão da bonificação, também vai incluir, não é o IAMSP, o DPME que é um departamento de pericias, todos os funcionários de pericias médicas também vão ser incluídos na bonificação. E também mandamos para a Assembleia Legislativa o projeto de lei instituindo a carreira do médico, que não existia carreira, para só aqui o IAMSP é um dos mais beneficiados. Só aqui são 1100 profissionais de saúde, e o David Zaia, o Latif, e o Silvio que representam o trabalho como donos do encontro vão levar o conjunto aqui das propostas de vocês. 
Mas quero reiterar a minha alegria de voltar ao hospital. Eu passei aqui Natal, Réveillon, Carnaval, tudo aqui dentro do centro cirúrgico, porque eu fazia 48 horas na anestesia. Sexta e sábado, entrava sexta-feira às 07h da manhã e saia no domingo às 07h. Dois anos. Sem faltar um dia e sem receber um centavo porque eu não podia fazer residência médica pois a residência era todo dia e eu não tinha como, era prefeito da cidade. Então eu emendei tudo em 48 horas para poder ter o título de especialista.
Aqui aprendi a fazer várias coisas, encubação cardiorrespiratório; um grande hospital, hospital de retaguarda importantíssimo e não há hospital sem recursos humanos bem capacitados, permanentemente em treinamento, valorizados, com carreira. Então nós iniciamos já o primeiro projeto de lei para a carreira do médico, vamos acertar essa semana a questão da bonificação e receber as propostas de vocês, fruto desses dois dias, aqui de encontro. Muito obrigado.


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